Você já deve ter ouvido falar de equity crowdfunding, mas você sabe o que é, como funciona e quais as vantagens de utilizar essa modalidade de investimento? Vamos te explicar tudo isso aqui e ainda apresentar como empresas fora do Brasil utilizaram o equity crowdfunding nos seus planos de crescimento.

O que é equity crowdfunding e como funciona no Brasil?
O equity crowdfunding é um tipo de financiamento coletivo de investimento. Pessoas se juntam para investir em uma empresa ou em um startup e recebem em troca um percentual da empresa.
A regulamentação brasileira estabeleceu diversas regras, direitos e deveres das empresas que oferecem esse tipo de investimento (conhecidas como plataformas), das startups e empresas que buscam esse tipo de investimento e do próprio investidor.
Muito embora essas regras sejam recentes, a regulamentação só foi elaborada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em julho de 2017, a primeira plataforma de equity crowdfunding brasileira surgiu em 2014 inspirada em modelos estrangeiros (estadunidense e britânico) e atuava em lacunas de mercado.
Hoje o setor é extremamente regulamentado e são diversos os requisitos que as empresas e investidores devem cumprir para realizar esse tipo de investimento. Vamos apresentar os principais pontos de acordo com cada elo deste processo.
Regras para as empresas que buscam captação
A regulação hoje permite que empresas que faturam até R$ 10 milhões possam levantar recursos, com valor máximo de captação de R$ 5 milhões.
As empresas devem possuir CNPJ, Contrato Social e Certidão Negativa de Débito (CND).
É necessário que a empresa disponibilize relatórios financeiros semestrais após o investimento, e deve existir um intervalo de 120 dias entre as captações.
Regras para a plataforma
As plataformas devem realizar uma avaliação minuciosa da empresa, levantando o histórico do empreendimento e buscando oferecer maiores garantias de que seja uma opção próspera e segura para os investidores.
Os documentos financeiros e jurídicos devem estar disponibilizados na página da oferta de investimento, para fácil acesso aos investidores.
A plataforma deve também fornecer diversas informações sobre as vantagens e sobre os riscos atrelados a esse tipo de investimento em um documento chamado de ‘Material didático’. Nesse material deve constar o passo a passo para realizar o investimento, os direitos dos investidores e os riscos associados a esse tipo de investimento.
Regras para os investidores
Os investidores também devem estar atentos às condições de investimento e as categorias permitidas.
Não existe limite mínimo para investimento e a maioria das plataformas permitem investimentos pequenos, a partir de R$ 500,00 ou até menos.
Com relação ao limite máximo, a CVM impõe uma série de regras e limites para se investir procurando garantir segurança financeira a todos, segmentando o limite de investimento em 3 tipos de investidores:
Investidor qualificado
Se você é um investidor qualificado e possui mais de R$ 1.000.000 (um milhão de reais) em investimentos financeiros, não existem restrições para você. É permitido investir qualquer valor.
Pessoas com investimentos ou renda bruta entre R$100 mil e R$ 1 milhão
Se você tem renda bruta anual ou investimentos financeiros entre R$100 mil e R$1 milhão, você é limitado a investir apenas 10% do maior destes dois valores por ano.
Pessoas com investimentos ou renda bruta menor que R$100 mil.
Pessoas que possuem investimento financeiro ou renda bruta anual inferior a R$ 100 mil são limitadas pela instrução 588 da CVM. Nestes casos, o indivíduo é limitado a fazer investimentos de no máximo R$ 10 mil por ano.
Vantagens e riscos
Hoje o Brasil conta com inúmeras plataformas de equity crowdfunding e já levantou cerca de R$ 50 milhões.
Essa modalidade de investimento foi fundamental no contexto brasileiro por ter democratizada todo um mercado.
Primeiro por permitir que qualquer pessoa possa ser um investidor de uma startup e esteja exposto a um alto potencial de retorno advindo do grande potencial de crescimento dessas empresas.
Segundo por possibilitar que as startups tenham acesso a financiamento para crescer e se desenvolver de forma mais simples (ainda que regulamentada), sem depender de empréstimos com valores altos, fundos ou de um investidor-anjo sozinho.
Com relação aos riscos, é importante lembrar que o equity crowdfunding é considerado um investimento de alto risco, já que não há como garantir que a startup vai prosperar ou faturar os valores previstos inicialmente no projeto de captação de investimento.
A avaliação minuciosa realizada pela plataforma de crowdfunding sobre a saúde financeira e operacional da empresa buscam justamente mitigar esses riscos aos investidores, e reduzir as taxas de insucesso.
Alterbank abriu captação via equity crowdfunding
Considerando todos esses fatores, o Alterbank abriu captação via equity crowdfunding na plataforma Captable no valor de R$ 2 milhões para seus planos de expansão.
A captação já bateu recorde no mercado e na própria plataforma parceira, sendo o maior valor captado por uma startup na Captable, com a maior quantidade de investidores e em tempo recorde: R$ 1 milhão captado em menos de 48 horas.
Os 964 investidores que garantiram que a fintech atingisse sua meta de R$ 2 milhões em questão de dias, são, em sua grande maioria, homens e têm acima de 30 anos. O ticket médio investido é de cerca de R$ 2882.
Com o valor captado, o Alterbank tem planos de ser o maior cripto-banco brasileiro e, a partir disso, abrigar um ecossistema composto por plataforma de meios de pagamento, negociação e investimentos em criptoativos.
Cases de sucesso
Mencionamos aqui que os primeiros modelos de equity crowdfunding no Brasil foram inspirados em plataformas estrangeiras.
Os Estados Unidos e o Reino Unido foram palco para o surgimento dessa modalidade em 2010 e possuem cases interessantes de empresas que utilizaram o equity crowdfunding como opção de investimento e ofertam serviços muito similares ao Alterbank.
WIREX – é uma fintech inglesa que acaba de divulgar uma captação via equity crowdfunding neste ano de 2020. A empresa alega possuir receitas de cerca de US$403 milhões de dólares nos últimos 12 meses. Seu produto é muito parecido com o Alterbank, oferecendo cartão para uso de criptomoedas, troca simplificada entre elas, investimentos em criptoativos e acesso bancário aos clientes da Europa.
REVOLUT – é uma fintech também inglesa que foi fundada em 2015. A empresa iniciou suas atividades oferecendo serviços bancários mais eficazes e econômicos que os serviços fornecidos por bancos tradicionais. A empresa logo incorporou aos serviços bancários outras opções relacionadas às criptomoedas. A Revolut já efetuou duas rodadas de equity crowdfunding e teve 100x crescimento no valuation atingindo o patamar de US$5.5 bilhões.
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